4 de janeiro de 2013

Vida no Interior



obrigado mano.. queru v a sua safado... quando vim trais ela tambem!rsrs" essa foi a resposta depois de elogiar a foto no face de um amigo que mora na minha cidade no interior com a nova namorada dele da igreja, logo depois, fiquei sabendo que o irmão dele também está namorando a filha do pastor, todos eles bem mais novos que eu, lembro que tinha bem mais maturidade que eles quando tinha idade deles, eles eram praticamente criancinhas.. Sei que vai ser chato, mas quando for voltar esse ano vou lhe dar com a pergunta clichê que sempre fazem a jovens na minha situação “ e aí cadê a namorada?, ta namorando?” e eu como sempre inventarei a desculpas de que não arranjei ainda, que estou procurando ou que tava namorando e acabei de terminar, mal sabendo eles que o termo namorada pra mim soaria bem melhor como masculino...



 Como todos nós sabemos, vida de interior é pacata, tranquila e mansa, porém um terror pra um jovem gay, com a tradição do lugar e pelo fato de ser pequeno, todo mundo sabe quem é filho de quem, tornam a moral e os bons costumes de primordial controle da conta da vida alheia, dizer que é assumido num lugar assim é a morte na certa... Morei durante toda minha infância e parte da adolescência no interior e foi lá que tudo começou, desde o desejo às brincadeirinhas com os outros garotos, sofri o inferno na escola com os apelidos, todo início de ano era a tortura psicológica dos colegas de classe, como sempre, chorava e apanhava algumas vezes, riscavam meus cadernos e bolsas escrevendo as tais coisas que você já pode imaginar, no final de aula mesmo eu sempre esperava a famosa saidinha dos valentões oprimindo eu e um amigo, tinha vergonha de chegar pra minha mãe dizer o que passava no colégio, é muito constrangedor chegar em sua mãe e dizer que sofre com isso, acho que você também pensaria nisso 2, 3 vezes antes de abrir a boca pra falar! 

Bem agora que cresci, desculpem-me a petulância ou convencimento, e fiquei gostosinho e melhorei a aparência, o que me aparece de garotas e garotos não é fácil, até as que não rola química dizem que sou gatinho, coisa que não me convence muito vindo delas, mas ajuda na autoestima, voltei pra lá pra visitar depois de ter ido embora há 6 anos e graças a Deus ninguém me fez relembrar daquele tempo tocando no assunto, só uma prima de minha mãe retardada que não é boa do juízo afff... e reencontrando a galera vejo que foi ótimo não ter ficado lá, seria muito deprimente pois  sempre existe a “exigência” da cidade do interior que a cidade grande não tem... Quando comentei isso com um amigo que sabe de mim ele disse “se vc se incomoda com isso eh pq no fundo vc queria ter uma namorada naum acha?” eu afirmei, oras! que cara gay não gostaria de ser “normal”, ter namorada, filhos e tudo mais, creio eu 90% dos gays gostariam de ter uma vida como os outros heteros, pena que não é do jeito que queremos. Fazer o quê!

Bem lá vou eu viajar e inventar mais uma desculpa, mas o que importa é que realmente estou feliz assim dessa forma, tentando achar minha felicidade sem precisar alarmar do que realmente gosto e servindo a Deus da minha forma, encarando as perguntas com calma e sobriedade pra não soltar uma verdade na cara de algum que ousar insinuar algo! Rrsrs

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