Beijos, amassos, solavancos, mordias, carícias, suor e outros delírios mais. Desde que o mundo se conhece por mundo o sexo sempre foi e será um dos prazeres mais cobiçados da humanidade.. Como diz a cantora Rita Lee: "Sexo é esporte, é escolha, é novela, é imaginação, é poesia, é selva, etc."
Lembro como hoje como foi minha primeira vez, meio que planejado, e na casa de um amigo. Pensei que seria uma pobre ovelha indo pro matadouro, mas pelo visto, fui tomado por um espírito de luxúria sem tamanho, eu fui o Lobo Mal kiakkk, pra mim foi o encontro de duas forças da natureza, rio e mar, Pororoca.
Sexo, Sex, Cекс, Sexe, Seks, Sesso, seja qual língua for, sexo é reconhecido em qualquer parte do mundo, porém o sexo entre homens, ahhh, claro, é diferente, e como é! Sempre sentia, desde criança que sexo com mulheres nunca seria uma satisfação completa como todos os outros garotos relatavam. O proibido era algo que aguçava minha mente, logo ele se fez prazeroso à mim, desde quando sequer ousava ver uma cena destas ao lado.
Hoje posso dizer que a sensação é como se você estivesse fazendo a coisa certa, algo que realmente é de sua natureza. O cheiro da pele masculina, o pelo das axilas, as pernas, peito, a voz grossa, a feição rústica, tudo isso coopera pra um prazer à mil. Descobri em mim certos desejos e anseios que nunca descobriria com uma mulher, toques, beijos, pele, palavras ao pé do ouvido de um homem, nunca poderiam ser substituídos por mulheres da revista Hermes, ou na ilusória imaginação com alguma atriz global.
Bem, todo bom chamego começa com boas preliminares: mãos de carinho no rosto, pescoço, costas, peito, que logo se transformam em mãos bobas a cada centímetro que se aproxima da linha do sexo, que daí por diante posso dizer que a conexão masculina se inicia, downloads e uploads incessantes, uma verdadeira baixaria kiakkk.
Luta de espadas, dar a ré no quibe, deslizar no quiabo, chupar pirulito, dentre outros, são um dos nomes bonitinhos pra essa relação tão polêmica, mas ao mesmo tempo tão linda e forte quanto o relacionamento de dois héteros. Desde já peço desculpas primeiramente a você, cara amigo homofóbico que por acidente lê o depoimento desse caro "chibungo", mas não sabe você o que perde ao estar entre as virilhas de um macho alfa, a força dos músculos que uma mera rosa não teria. Sei que um dia vou conhecer o sexo tradicional, mas até agora, o que sei é que sexo entre dois homens é uma das melhores coisas desse mundo.
Também não quero aqui compactuar com a luxúria e nem induzir ninguém à promiscuidade, afinal, como viram antes de entrar só passam por aqui quem pra lá tiver de seus 18.
Talvez o que assuste os héteros sejam as vias a quais usamos, abusamos e lambuzamos para conquista do prazer - "o ânus é algo TERRÍVEL de se penetrar, Deus não fez ele para o piu-piu entrar" - . Ok, caros hipócritas, com suas esposas
podem né? Já com o de vocês não, afinal é viadagem. Todo homem já teve sua curiosidade com uma mulher pelas vias "contrárias", mas o que os impedem na maioria das vezes são elas, azar o deles.
O amor entre dois homens é algo tão normal quanto a cor dos olhos e da pele, sempre existiu. A copulação pra quem nunca praticou pode até ser algo doloroso de imaginar, mas sempre desperta curiosidade em um hétero, e como de praxe " a curiosidade matou o gato!".
Não é se sentir mulher, não é se sentir sexo frágil; é se sentir homem de verdade; é se fazer homem por outro; é sentir sua essência refletida na pele de outro ser semelhante a você, que tem sua mente, que tem suas curvas e curiosidades tão "sórdidas" quanto as suas; é sentir você em outro, seu gênero obsoleto, mas para ti, intrigante; é vestir luvas e se tocar na pele de outro, é descobrir que não está só na sua "doença"; é se auto-fecundar, é semear o sêmem alheio em si próprio; é não ter medo de se descobrir e descobri-se para sua imagem e semelhança, é estar em posição de defesa esperando o ataque do amado, são encontros de trovões.
Homens, homens, falos flagelados que se guerreiam em um campo de batalha natural, que de suas peles transparecem o suor e as escoriações do prazer da vitória, mas que ao final se embriagam, riem e se apaziguam no ápice da "bandeira branca", em ponta de vara erguida e trêmula; molestados pelo combate corpo a corpo, em suas espadas banhadas do líquido da vida e da morte de seus corpos cansados e "condenados".