Amiga que Me Socorre.

    A cada dia que passa mais pessoas perguntam quando vou arranjar uma namorada, tudo bem que minha vida não interessa a ninguém, mas é óbvio que isso incomoda lá dentro, e a todo garoto no armário, não adianta negar, vejo os rapazes mais novos de minha igreja e percebo os papos deles, falando de meninas, futebol e tudo mais que não sei,  me refiro os de minha igreja porque são os que tenho mais “proximidade”, sempre achei muito bonito esse universo masculino, algo que seduz mesmo sendo asqueroso em termos.

    Acho que de tanto achar bonito a vida inteira, acabei ficando de fora, apenas apreciando e não tomei isso pra mim com medo de estragar com um ato leve feminino Rrsrs. Brincadeiras a parte, não sou afeminado, e nem curto caras assim, repeito, apesar de ter meu preconceito interno, assumo, mas cá pra nós, todos nós temos um leve trejeito que nos denuncia, pelo menos eu mesmo muitos acabam nem percebendo.

     Fugir desses estereótipos é aprendizado de todos os meninos, difícil pra mim, mas sempre conseguia, só não fui namorador porque a igreja sempre foi meu refúgio pra justificar um garoto que espera no Senhor, mas as más línguas sempre estão ali, ôh línguas felinas!

  Quando perguntavam se estava namorando uma amiga próxima, sempre me irritava, por não acreditarem na amizade de homem e mulher, mas ao mesmo tempo me agradava, era um escape dos falatórios.

   Semana retrasada estava no parque e fui com uma amiga de outra igreja, pegamos um na mão do outro pra não nos perdermos na multidão, também como dois amigos; logo, logo apareceram várias pessoas da igreja, inclusive lideranças de lá, na boa relevei, sequer me hesitei a tomar outra atitude, questão de 24h tava o maior boato entre as fofoqueiras gospels, mau elas e eles sabendo que eu queria mesmo era ter uma mão com calos, maior e grossa pra segurar na minha, confesso também que demorei altas horas de papo pra dar a entender aos outros as minhas "segundas intenções", mas com essa amiga não, tenho um apreço maior por nossa amizade pra usá-la. Perdão amiga, pois sei que um dia você vai ler isso e vai me entender! Rrsrs Bjos.

    Sair com ela nas ruas do centro até o parque foi uma sensação estranha, sei lá, ser “normal” talvez, o que me fez sentir na verdade estranho, Rrsrs algo esquisito, não digo em relação por ser ela, mas de como me senti, talvez “ o Macho Alpha”.

    Bem, o tempo passa e vejo difícil não adjetivá-lo como “inimigo”, “inimigo”, pois ele corre e cada dia me vejo mais encurralado pela sociedade, a retribuí-la com uma conjugue e futura prole ou casos passageiros, conforme a “moral e os bons costumes” modernos. O que me resta é continuar esperando o tempo e as oportunidades de pegadas de mão de algumas amigas, pra tentar postergar um futuro que talvez seja irremediável!